A mente cria e se adapta a conceitos limitantes
“É bom quando podemos escrever
sobre assuntos que nos dão o beneficio da dúvida, que abrimos para
questionamentos. Ser cético significa que queremos saber /rebater sobre algum
assunto que nos incomoda, ou ser crédulo é deixar de buscar respostas e aceitar
o que nos é imposto? Cada um dará uma resposta de acordo com suas convicções.
Para mim o ideal é unir as duas pontas encontrando o equilíbrio, abrir a mente,
saber ouvir, falar e calar nos momentos que exigem esta postura, e seguir em
frente. Decididamente não desistir de encontrar respostas. O que nós
acreditamos ou não deixa espaço para novos conhecimentos, e nossos sentidos,
nossa intuição estarão aguçados. Estamos em um momento singular desta fase
humana, não perder nossa humanidade tem sido um exercício diário, e não podemos
perdê-la.”
Por Cybele Fiorotti
Qualquer assunto que nos tira da
zona de conforto pode transformar-se em obstáculo. Nossa resistência em aceitar
o novo, ou o que não faz parte do nosso padrão de memória recente, transforma o
que poderia ser uma experiência de aprendizado, para uma situação de risco. O
velho condicionamento imposto pelas normas sociais, culturais e religiosas de
culpa, medo, não merecimento, ou regras fixas de comportamento, continua agindo
em nosso sistema controlando nossas ações.
O assunto não é novo e debatido
sempre que deparamos com alguma situação, ou informação, que requer nossa ação
imediata. Poderíamos considerar limitantes as novas teorias, novas questões que
relacionam paradigmas velhos e novos, quebra de tradições sedimentadas por
padrões sociais, dogmas, e por aí vai. Podemos acrescentar a estes dados outros
que estão em nossas memórias mais antigas, registros de vidas às quais poucos
têm acesso espontâneo. Podemos também considerar realidades dimensionais,
vivencias no que alguns denominam como “clones” em diferentes realidades de
tempo/espaço. Seja qual for o caminho nossa mente cria mecanismos de defesa
alheios à nossa vontade.
Qual a saída?
Cada organismo é único. Portanto,
falar para alguém que é desta forma, ou de outra, é criar outro limitante. Cada
um pode lidar com seu processo permitindo-se ir passo a passo cada vez mais
além do último desafio. É um processo de aprendizado único que para alguns pode
vir rápido, sendo que para outros pode demorar tempos sem fim. O importante é
começar e ouvir sua intuição. O importante é não querer superar situações para
conflitar alguém, ou demonstrar coragem desmedida. Como em casos de
sobrevivência em ambientes hostil. Sobrevive quem é mais observador, busca
conhecer seus limites e os do ambiente em que está. Este campo não atua naqueles com egos
inflamados que geralmente não saem muito bem das enrascadas. Nem é um campo
para curiosos e oportunistas.
Um general de guerra quando
consciente de sua missão não expõe seu trunfo, nem se vangloria de seus atos.
Ele sabe que vidas estão em jogo, aliás, milhares delas, e sua palavra é o
botão que aciona toda a operação. Ele sabe que se não pensar em cada detalhe,
em cada vida humana, corre o risco de perder sua humanidade causando um dano
sem precedentes ao mundo, e a si mesmo. Vimos este filme muitas vezes em várias fases
da história humana. Nossa mente é este general que deve buscar entender a
missão, buscar as melhores soluções para os entraves que aparecem, e desfazer
os processos limitantes sem perder a humanidade. O exemplo pode ser extremo, mas
pontual no que diz respeito à capacidade de observação, análise, intenção,
superação de conflitos, intuição, equilíbrio mental e emocional.
Agora imagina que alguém convide
você para conhecer outra cultura não humana, ou ter a possibilidade de estar em
um vórtice que permite estar em outra realidade de tempo/espaço, ou discutir assuntos
sobre os quais você tenha resistência em admiti-los? Qualquer das opções requer
que sua mente “leia” a proposta com clareza, defina prioridades e coloque suas
necessidades em pauta: - O que eu quero? Se eu quero qual o benefício? Quais as
limitações que enfrentarei? Quero ampliar esta experiência? Estou curioso ou é uma busca? A busca é
consciente, a curiosidade afoita é imprudente. Portanto, saiba o que quer antes
de impulsivamente dizer “sim”, mas não permita que conceitos limitantes exerçam
influência sobre sua decisão.
Oportunidades excepcionais são
únicas, às vezes passamos por elas desatentos ou receosos de ir além. A entrega
consciente é a saída. Se aparecer a duvida, questione, busque respostas, mas
não perca a chance de superar seus limites. Falar sobre superação é colocar
novas propostas que para alguns pode ser limitante se considerar uma imposição.
No entanto, para outros pode ser uma abertura, uma nova visão, uma nova maneira
de discutir consigo mesmo o próprio processo de jornada. O gratificante é poder
levar uma única palavra, entre tantas escritas, que abra possibilidades a
alguém para um objetivo proposto. Que uma palavra, ou várias, seja útil para
você.
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