Interagindo com culturas não humanas.



Será esta a consequência do contato?



A trilogia “Senhores dos Céus”, por Irenia, traz o diário de um grupo de contatados descrevendo sua relação com outras civilizações, suas tecnologias, e as razões desta troca de experiência. Durante a leitura surgem elementos suficientes para questionar até onde é possível compartilharmos diferentes culturas e experiências com outras humanidades e humanoides que, como nós, de carne e osso, também passaram por períodos e eventos de transição e que agora transitam por uma infinidade de outros orbes com o intuito de conhecer e compreender outras civilizações, interagindo em uma gama de experiências.

Uma experiência que como raça humana estamos preste a iniciar buscando vida e colonizando outros planetas. A narrativa nos traz a jornada (im)provável, difícil e surpreendente de um grupo de pessoas que se uniram com o objetivo de buscar, de forma inteligente, o contato com culturas não humanas, baseada inicialmente no princípio da curiosidade - fator que leva a maioria das pessoas a esse caminho - surpreendendo a todos pela especial e grande amizade que acabou surgindo dessa convivência, tendo esse sentimento desempenhado um papel decisivo na busca pelo Contato.

“O fato é que a intenção desse intercâmbio foi e sempre será visando a troca de informação, caminhos que já percorremos e que buscamos sinalizar para que esta experiência seja de profundo entrelaçamento entre as muitas culturas dos diversos quadrantes e dimensões deste universo. O restante é especulação.” (Senhores dos Céus, Irenia, Vol.1)

Através de Verna - que encontra Irenia no metrô, em São Paulo - Irenia conta suas experiências e de seu grupo de amigos, um convívio que ao longo do caminho vai se tornando cada vez mais intenso e complexo. Os personagens e a linguagem simples facilitam interagir com cada um deles como se estivéssemos presentes durante todos os acontecimentos, dando a oportunidade de imaginar como seria se estivéssemos no lugar deles. Para aqueles familiarizados com o entorno do fenômeno OVNI há histórias interessantes e abordagens inéditas. Para os que pouco sabem sobre o tema a introdução ao assunto é oportuna. A autora resume   em seu blog “Senhores dos Céus, Irenia – Ficção Cientifica”, uma prévia do início desta saga.

 

Livro 1 - Transpondo o limite de nossa realidade

O livro narra, nesse primeiro volume, a trajetória de Irenia e dos membros do grupo; como se conheceram, as descobertas e desafios que enfrentaram para chegar no contato.  Verna conta a história de Irenia, e de seus amigos, através do seu grupo, dando a chance de expor uma experiência que talvez nunca fosse conhecida. Fala sobre confiança, respeito, determinação, desafios e amizade. Sobre a importância dos relacionamentos em todos os níveis de convivência, e como isso pode traduzir a experiência do contato. A troca entre culturas, a descoberta de um novo universo de vidas humanas e humanoides, suas tecnologias e a razão dessa troca de experiência e informação.


Livro 2 - Seguindo a linha do coração

Neste ponto da história o envolvimento do grupo ultrapassa o contato para uma convivência mais intensa com os diversos estrangeiros – como são chamados - que vivem por aqui, e com os que estão lotados em bases próximas dentro e fora do planeta. Os caminhos vão afunilando e gerando uma massa crítica cada vez maior de seres humanos que eles descobrem estarem tão envolvidos quanto eles neste contato. Começam os desafios, a noção do perigo que qualquer nova experiência em um campo ainda desconhecido pode trazer, e conhecendo os mecanismos de desinformação e manipulação aos quais somos diariamente submetidos. A compreensão de sentimentos além dos parâmetros humanos, e a descoberta que esta jornada também é uma via de mão dupla, onde todos são coparticipantes e estão em um processo de continuo crescimento são descobertas que ampliam este campo de percepção da jornada. 



Livro 3- Dias contados nas estrelas

É um tempo de deliberação, “um passeio pela nossa capacidade de conceber, aceitar, absorver novas propostas que nos levem como indivíduos e raça a uma compreensão maior do nosso papel neste contexto (Senhores dos Céus, Irenia, Vol.3).” A descoberta de que esta jornada é uma via de mão dupla, onde todos são coparticipantes e estão em um processo de continuo crescimento, abre um novo leque de possibilidades para todos. Nesta altura da caminhada todos estão cientes de que o contato é um meio, e não um fim, para que possamos nos entender como humanidade entre outras tantas pelo Universo e entendermos que temos um valor perante as demais civilizações, mesmo que o atual quadro nos diga o contrário. Descobrir que tudo está em nossas mãos para que possamos ter uma convivência melhor, em um mundo melhor. A resposta está aqui. O que está lá fora é a noção de que não somos os únicos neste quadrante, nem tão pouco nesta imensidão cósmica, muito menos sozinhos nesta caminhada. “A intensão é ampliar os horizontes para além do nosso raio periférico, para isso temos que respeitar toda a diversidade de vida aqui, em nosso planeta, para que possamos respeitar o que existe no universo. (Irenia)”



O espaço está aberto para que todos tenham a oportunidade de interagir reconhecendo alguma situação narrada pela qual já passou, questionar, ou contar suas experiências. Este blog é um espaço aberto, sem críticas, julgamentos ou imposição dos fatos. Só aprendemos quando trocamos ideias, compartilhamos experiências e confrontamos resultados, pois a experiência de contato é individual mesmo que ocorra coletivamente. Neste contexto cada pessoa terá uma percepção da situação, algumas coincidentes com a visão geral, mas, normalmente, uma ou outra situação nos toca particularmente. Isto não desmerece a experiência como um todo, pelo contrário enriquece, pois pode validar outras experiências, ou tirar alguma dúvida de outra pessoa do grupo.  Boa leitura.

Autor

Cybele Fiorotti

Contato - E-mail: zericks@terra.com.br

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