AD TEMPORE
Hoje é início do Solstício de
Inverno, época de recolhimento para o renascer. Perguntei a mim mesma o
benefício de toda informação compartilhada que estamos fazendo, e se esta
interatividade virtual está sendo útil. Sim, estamos em época de colocar na
balança o que é útil, o que é excesso, e
que é apenas distração. É sempre uma responsabilidade quando nos
dispomos a utilizar da palavra para significar ou ressignificar algo, seja
ideia ou conceitos novos, ou aqueles já estabelecidos, pois é através dela que
plantamos sementes que germinarão para o positivo ou não.
É como se dispor a aprender um
novo idioma. Sem entender e abrir a mente para a cultura e tradição do povo ao
qual estamos nos fazendo aptos para nos comunicarmos de nada adiantará o
esforço, pois estaremos simplesmente repetindo palavras sem a intenção que ela
traz na raiz.
O objetivo nestes últimos post
foi buscar entender a “Comunicação entre culturas humanas e não humanas”.
Significa que o olhar está sobre os povos do planeta terra, suas culturas e
tradições; como foram se aglutinando nas formas de linguagem e assimilando
traços culturais e tradições , e como traduzimos tudo isso no nosso cotidiano
como humanidade. Por outro lado, estamos nesta iniciativa em uma tentativa de gerar
meios que nos dê parâmetros para uma troca entre culturas não humanas, ou seja
, aquelas que consideramos humanidades de fora ou de dentro do planeta. Como já
dissemos em outros post a NASA criou seu protocolo, bem como o METI e o SETI
estão no desenvolvimento do estudo de
Xenolinguistica.
Tudo isto para nos localizarmos
em uma jornada que é fundamentalmente individual, mas que reflete no coletivo.
Entendendo outras formas de pensar, outras linguagens , outras maneiras de ver
a vida, de relacionar conceitos, nos colocamos à disposição do que Universo nos
proporciona como jornada. Afinal, tentaram acabar com o mundo como o conhecemos
diversas vezes e, realmente ele acabou diversas vezes quando mudaram as épocas,
a mentalidade, a capacidade de absorver conhecimento, até os dias atuais com as
novas tecnologias, os avanços em vários
setores da vida humana, e por aí vai. Podemos dizer que nos renovamos sempre,
nos aprimoramos, em algumas áreas mais que outras, e continuamos na busca pelo
equilíbrio.
Cada post desta série teve, e
espero que continue a ter, uma função “abrir as janelas da mente para o
rastreamento de fatos , em todas as culturas, que nos levem a uma busca que
clareia a jornada de cada um . Para alguns será importante no sentido de ser o
material complementar para uma busca antiga; para outros uma leitura, e para
outros apenas uma curiosidade momentânea. Não importa, nada nesta caminhada é
tempo desperdiçado. O que hoje é apenas uma leitura rápida, amanhã pode ser o
start que faltava para uma lacuna não preenchida, ou esquecida.
“A engenharia e os princípios do
moderno SETI fazem muito sentido. Ondas eletromagnéticas (incluindo rádio, luz
e outras) viajam rápido e à velocidade da luz. Com a tecnologia atual, não
podemos enviar nada mais rápido do que eles. Eles também são fáceis de gerar e
detectar. Se encontrarmos comunicações eletromagnéticas tão úteis na sociedade
humana, parece lógico supor que uma civilização extraterrestre também tentaria
tais métodos para nos alcançar.”
(Morris Jones/METI)
Estamos estudando sinais,
símbolos, grafias antigas e modernas como herança de civilizações
pré-diluvianas e pós-diluvianas que deixaram registros. Hoje temos sinais de
rádio e tecnologias avançadas que mesmo em seu potencial podem levar anos ou
séculos para atingir seu objetivo.
(Sumério)
Estudar registros antigos, e muito
ainda nem foi descoberto, pode nos dar uma base para formularmos meios de um
entendimento nesta troca de informação.
“O caminho evolutivo seguido
pela inteligência extraterrestre, sem dúvida, divergirá de formas
significativas do que foi percorrido pelos humanos ao longo da nossa história.
Para ir além da mera detecção de tal inteligência, e ter qualquer chance
realista de compreendê-lo, podemos ganhar muito com as lições aprendidas por
pesquisadores que enfrentam desafios semelhantes na terra. Como os arqueólogos
que reconstroem civilizações temporais distantes de evidências fragmentadas, os
pesquisadores do SETI serão esperados para reconstruir civilizações distantes
separadas de nós por vastas extensões de espaço e tempo. E como antropólogos,
que tentam entender outras culturas apesar das diferenças na linguagem e
costumes sociais, à medida que tentamos decifrar e interpretar mensagens
extraterrestres, seremos obrigados a compreender a mentalidade de uma espécie
que é radicalmente outros.”( Arqueologia, antropologia e comunicação
interestelar/NASA)
Independente da contradição criada em torno de alguns achados
arqueológicos, ou mesmo em relação aos círculos nas plantações, a observação
sobre estes acontecimentos não podem ser influenciados por especulação ou
desinformação. Citando o antropólogo John
Traphagan “ nosso desejo de avaliar rapidamente a natureza dos
nossos interlocutores interestelares será forte”. Qualquer assunto que tomemos como pesquisa e que saia fora de nossa
realidade do dia a dia deve ser vista com critério e mente aberta para o que
passa despercebido pelo entusiasmado, ou ansioso pela explicação fácil. Nada é fácil nesta estrada. Pelo contrário, a
maioria do que chegar será para testar nossa capacidade de ver o que não é
mostrado, de ouvir o que não é dito, e de ler as entrelinhas do que não estará
disponível. Nossa capacidade de olhar de fora para dentro sem nos permitir
influências será a chave para darmos início a uma jornada extraordinária.
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